Jane Jacobs. TS/KEYSTONE USA / Rex Features, via janejacobswalk.org |
Hoje, 4 de maio, é o aniversário de Jane Jacobs (1916-2006), considerada uma das urbanistas mais influentes do século XX. Escreveu "Morte e Vida de Grandes Cidades", que se tornou um dos livros mais lidos, tanto por especialistas quanto pelo público geral, sobre cidades e urbanismo. Pioneira em diversas ideias, conseguiu aplicar os conceitos teóricos com a mobilização social.
Jacobs nasceu em Scranton, EUA, uma cidade predominante católica. Vinda de uma família protestante, desde a infância se acostumou a ter posições discordantes da maioria. No começo de sua carreira trabalhou como jornalista em diversas publicações e se interessou pelas transformações ocorridas em Nova York, cidade para onde se mudou. Morava no bairro de Greenwich Village quando ganhou destaque ao organizar os moradores para impedirem a construção de uma via expressa que cortaria o bairro em dois e destruiria um parque central no bairro.
Após o destaque que a mobilização recebeu da mídia, foi convidada a escrever especificamente sobre urbanismo. Assim nasceu seu livro mais conhecido, "Morte e Vida de Grandes Cidades", de 1961, onde Jacobs defende a vitalidade das cidades. Segundo a autora, a vitalidade é alcançada com o uso misto do espaço, que é a mistura das funções: habitação, comércio e serviços, numa mesma vizinhança; diversidade de renda entre os moradores, ou seja, lugares sem segregação, com ricos, classe média e pobres morando juntos uns dos outros; e, por fim, desafia o urbanismo modernista ao perguntar se as cidade são feitas para as pessoas ou para os carros.
Mesmo não sendo urbanista de formação ou possuindo algum diploma universitário, e chamada por seus críticos como “dama louca” ou desmerecida como uma dona de casa se interferindo nos negócios majoritariamente masculinos na época, Jacobs se posicionou ao escrever livros e artigos inovadores sobre temas além do urbanismo, como política e economia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário