Por Caroline Magalhães
O urbanismo contemporâneo trata de algo que vai alem de criar desenhos de cidades e utopias a partir do zero. O desafio é intervir em espaços que já existem, em espaços que acontecem, em ambientes que já possuem problemas enraizados e, dentro disso tudo, criar estratégias para mudar o destino de um lugar para melhor, induzir quem sabe, uma nova maneira do morador lidar com o seu bairro e trazer vida ao ambiente que estava morto e colorindo o dia-a-dia de muita gente.
E não é só com grandes e caras estratégias que se chega nesse fim, raízes ruins podem ser removidas com simples ações urbanas da parte não só de arquitetos, mas de qualquer cidadão: como o banquinho de madeira na calçada que pode ser um agente de integração mais valioso que o mobiliário de um grande designer; como as plantas cultivadas nas calçadas por moradores locais e como o projeto de pintura do escadão do bairro São José em Poços de Caldas.
O urbanismo contemporâneo trata de algo que vai alem de criar desenhos de cidades e utopias a partir do zero. O desafio é intervir em espaços que já existem, em espaços que acontecem, em ambientes que já possuem problemas enraizados e, dentro disso tudo, criar estratégias para mudar o destino de um lugar para melhor, induzir quem sabe, uma nova maneira do morador lidar com o seu bairro e trazer vida ao ambiente que estava morto e colorindo o dia-a-dia de muita gente.
E não é só com grandes e caras estratégias que se chega nesse fim, raízes ruins podem ser removidas com simples ações urbanas da parte não só de arquitetos, mas de qualquer cidadão: como o banquinho de madeira na calçada que pode ser um agente de integração mais valioso que o mobiliário de um grande designer; como as plantas cultivadas nas calçadas por moradores locais e como o projeto de pintura do escadão do bairro São José em Poços de Caldas.
Escadão visto da rua Paulo VI. Caroline Magalhães |
O projeto, coordenado pelas professoras de arquitetura da PUC Rosana Parisi e Esther Cervini, que deu à universidade PUC Minas o selo de filantropia (1), mobilizou adultos, idosos e crianças da entidade Lar Criança Feliz e da escola Criativa Idade gerando intercambio de experiências à crianças de realidades díspares e proporcionando
uma visão do mundo que agora é muito mais abrangente. Os desenhos que colorem
os 122 degraus do escadão retratam histórias de vida dos moradores e das
crianças que puderam se abrir em reuniões e, apesar do tema base que foi
definido, os desenhos foram feitos de maneira bem espontânea onde todos puderam
exercitar a criatividade e revelar seu lado artístico.
Alunas da PUC pintando. Caroline Magalhães |
Vista do meio do escadão. Caroline Magalhães |
A tinta para a pintura é à base de terra o que atenta para a
questão ecológica e leva às crianças educação ambiental. De acordo com a professora Esther Cervini na entrevista para TV Poços (1), é importante fazer esse trabalho com as
crianças pois elas são receptivas a novas idéias e porque são elas os agentes
transformadores do futuro; trabalhando com as crianças hoje pode-se transformar
a sociedade num período próximo.
A receita da tinta foi ensinada aos moradores do bairro São
José e daqui pra frente eles mesmos poderão dar manutenção no espaço que é
deles, diretriz que gerará uma relação especial do morador com o lugar.
Conversando com os moradores do bairro descobriu-se que eles
sobem e descem o escadão no mínimo quatro vezes por dia. O projeto que tem valor
social e patrimonial também proporcionará a essas pessoas, acredita-se, uma
caminhada mais agradável a partir de agora, levando-os por um percurso lúdico
entre pipas e planetas, histórias e muita arte.
Vista do meio do escadão. Caroline Magalhães |
Voluntário pintando. Caroline Magalhães |
Proefessora da PUC. Caroline Magalhães |
Parte do alto do escadão. Caroline Magalhães |
Para saber mais:
(1) Vídeo com a reportagem da TV Poços sobre a pintura do escadão.
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